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O programa nuclear do Irã, iniciado nos anos 1950 com o apoio dos EUA, evoluiu substancialmente ao longo das décadas, especialmente após a Revolução Islâmica de 1979, quando o regime buscou expandir o poder nuclear de forma independente. Na década de 2000, a descoberta de instalações de enriquecimento ocultas aumentou as suspeitas internacionais, resultando em sanções e uma série de negociações, culminando no Acordo Nuclear de 2015 (JCPOA). O acordo restringia o enriquecimento de urânio e a quantidade de estoque em troca do alívio de sanções, mas em 2018 os EUA abandonaram o pacto, levando o Irã a retomar e avançar no enriquecimento de urânio e em tecnologias de centrifugação, aproximando-se do nível necessário para armas nucleares Council on Foreign Relations Iran Watch The Iran Primer.
Atualmente, com o aumento das tensões globais, especialmente em meio ao conflito Rússia-Ucrânia, o Irã tem expandido sua influência militar e fornecido drones à Rússia, o que intensifica as preocupações do Ocidente sobre a capacidade do Irã de desenvolver uma arma nuclear. A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) expressou preocupações sobre a falta de acesso a várias instalações iranianas desde 2021, o que dificulta a monitoração e aumenta o receio de que o Irã possa estar avançando em atividades nucleares clandestinas.
Israel tem expressado repetidamente sua preocupação com o programa nuclear iraniano, ameaçando possíveis ações preventivas, especialmente com a aceleração do enriquecimento de urânio pelo Irã para níveis próximos ao uso militar. Este cenário aumenta as tensões na região e coloca o mundo em alerta sobre uma possível escalada nuclear no Oriente Médio. A situação atual destaca o dilema entre esforços diplomáticos e a possibilidade de confrontos diretos, enquanto o Irã continua desenvolvendo suas capacidades, permanecendo na fronteira entre o programa civil e a capacidade de produzir armas nucleares CSIS Wilson Center.